Como criar um mindset para trabalhar menos e ganhar mais, segundo o estoicismo

Segundo a corrente do estoicismo, como você poderia trabalhar menos e ganhar mais? Veja no texto abaixo como ter a mentalidade certa para isso.

O que é o trabalho? Um conjunto de atividades que executamos diariamente, muitas vezes sem qualquer entusiasmo, para cumprir metas alheias e garantir um salário no final do mês. O estoicismo, essa filosofia que abraça a realidade nua e crua da vida, nos lembra que as coisas materiais são efêmeras e que o controle que temos sobre o mundo é quase nulo. Mas, sejamos francos: no meio dessa vida cheia de incertezas, há uma coisa bem concreta que não podemos ignorar — o dinheiro no bolso.

Sim, meu amigo, o dinheiro. O estoico não se ilude com o glamour das profissões, os cargos, as honrarias e tapinhas nas costas. Nada disso importa no fim do dia, porque a sua profissão não te define. O que faz diferença de verdade é o quanto você tem para pagar as contas, viver com tranquilidade e, por que não, desfrutar de alguns prazeres simples da vida. Quer um bom exemplo de como esse raciocínio é impecável? Lembre-se de Marco Aurélio. Ele foi imperador de Roma, o cara mais poderoso do mundo por alguns anos, e mesmo assim, sabia que toda essa autoridade não significava nada se não tivesse recursos para sustentar sua paz de espírito.

Vamos encarar os fatos. Você pode ser o melhor no que faz, o mais eficiente, o mais comprometido, mas a profissão é só uma função social. No final, todo mundo está fazendo o mesmo: trocando tempo por dinheiro. Isso é o que conta. O reconhecimento, os prêmios e as pompas são, no fundo, distrações que nos desviam da questão essencial: quanto você está realmente lucrando com o que faz? Se a resposta for “não muito”, então, amigo estoico, é hora de recalcular sua rota. A sabedoria estóica é clara sobre isso: foque no que você pode controlar, e o saldo da sua conta bancária é algo que, de certa forma, está ao seu alcance. O trabalho em si? Bom, ele é um meio para um fim.

Epicteto, um dos sábios estóicos, costumava dizer que devemos aceitar o que não podemos mudar e focar no que está ao nosso controle. E o que está ao nosso controle aqui é a busca por maneiras mais eficientes de obter dinheiro. Porque, sejamos sinceros, ninguém quer ficar anos e anos lutando em uma profissão que consome suas energias para, no final, não ter nem o suficiente para uma viagem de fim de ano ou uma folga sem preocupações financeiras. Para o estoico, a profissão é um detalhe, e a verdadeira virtude está em saber direcionar seus esforços para o que realmente importa: a segurança financeira.

Pode parecer cínico, mas não é. É realista. Num mundo onde tudo pode mudar em um piscar de olhos — o chefe pode mudar, a empresa pode fechar, o mercado pode colapsar — o que te mantém seguro? Não é o título que você ostenta ou a carreira que você construiu. É o que você tem guardado no banco, é a liberdade que o dinheiro te dá. O estoico sabe que o apego a status, cargos e profissões é uma armadilha. O foco deve estar no essencial, e o essencial é garantir que você tenha o suficiente para viver sem depender dos humores do mercado de trabalho.

Marco Aurélio, em seus escritos, sempre enfatizava a transitoriedade das coisas. Ele sabia que tudo é passageiro, e o que parece importante hoje, como uma promoção ou uma conquista profissional, será irrelevante amanhã. Isso é um lembrete valioso para não perdermos tempo com distrações que não agregam à nossa vida. E o dinheiro, por mais efêmero que seja, quando bem administrado, nos dá algo que poucas coisas na vida proporcionam: tranquilidade. A paz de espírito que vem de saber que, aconteça o que acontecer, você está preparado. E essa preparação não vem da profissão que você escolheu, mas do que você acumulou ao longo do caminho.

Portanto, ser estoico não é desprezar o trabalho, mas sim entender que ele é apenas um meio. A verdadeira sabedoria está em não se apegar a ele como se fosse a medida de seu valor. O valor de sua vida, para o estoico, está na sua capacidade de viver com serenidade, e isso, como sabemos, é mais fácil quando não se está preso a dívidas ou restrições financeiras. O foco, então, deve ser claro: menos preocupação com cargos, títulos e prestígio, e mais atenção ao que realmente conta — dinheiro no bolso e a liberdade que ele proporciona.

Em resumo: você não é sua profissão. Você é o que consegue fazer com o que recebe dela. Trabalhe, claro, mas nunca se esqueça de onde deve estar sua verdadeira preocupação. Como diria Epicteto, não é o cargo que nos define, mas o quanto conseguimos viver com serenidade. E essa serenidade, meu caro, é mais fácil de alcançar quando o saldo bancário está sorrindo.

Imagem: trabalhador na piscina. Gerada por IA.

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