A montadora Ford anuncia a contratação de 500 funcionários para seu centro de desenvolvimento de veículos, apesar de ter anunciado a venda de uma de suas fábricas uma semana ante. A empresa parou com a produção de veículos no Brasil, vindo tornar-se apenas uma importadora. Na ocasião, foram fechadas três indústrias: em Taubaté (SP), Camaçari (BA) e Horizonte (CE). Segundo a própria Ford, o fechamento aconteceu por erros de gestão. Houve uma dificuldade com a competitividade, devido, inclusive, às fortes mudanças por que passa o mercado automobilístico. Além disso, problemas econômicos e burocráticos não facilitaram em nada a situação da empresa, que acabou fechando a produção.
O desempenho da companhia já não estava indo muito bem. A fábrica em São Bernardo do Campo já havia sido fechada anteriormente, e a produção de sedãs já tinha parado. Já havia decaído para o quinto lugar entre as montadoras no Brasil, perdendo bastante representatividade. Então não podemos dizer que o fato aconteceu somente por causa da crise econômica gerada pelas medidas protetivas contra o Corona Vírus, nem tampouco que o mercado foi pego desprevenido.
No entanto, mesmo com a produção parada depois de toda essa situação, a Ford manteve seu centro de pesquisa e desenvolvimento. Foram contratados 500 engenheiros ao longo de 2022 para esse centro, que passou a contar com 1.500 profissionais. Segundo eles, a decisão de encerrar a produção acabou levando a uma reestruturação de negócios na América Latina. A empresa buscava um desenvolvimento mais sustentável, e alegou não estar abandonando o país, mas readaptando-se às novas circunstâncias.
Daniel Justo, ninguém menos que o presidente da Ford na América Latina, afirmou que, mesmo sem a produção de carros no Brasil, o time brasileiro vai contribuir em sua engenharia global. Isso será feito através do desenvolvimento de patentes, produtos, softwares, entre outras coisas. A empresa quer se adaptar às novas tecnologias, se amoldar ao “futuro da mobilidade”. Segundo ele, estas novas tecnologias vêm sendo introduzidas cada vez mais, através de um processo de transformação. A afirmação diz respeito aos carros elétricos, que aparentemente se tornarão a única opção de consumo dentro de alguns anos. Por enquanto, esses carros ainda são muito caros para a maioria da população, apesar de serem bem mais econômico no que diz respeito à manutenção. Além da sede na Bahia, o centro ainda possui um espaço em Tatuí, no interior de São Paulo.
Mas a opção da Ford em manter as pesquisas no Brasil não foi por acaso. O presidente ainda disse que as pesquisas, o desenvolvimento e a engenharia em nosso país são muito viáveis, uma vez que o time é extremamente capacitado e eficiente. Conseguimos competir com os melhores do mundo inteiro. A empresa foi atraída por isso, o que deu nos deu mais responsabilidade em projetos definitivos para o futuro do setor automobilístico.
Como uma empresa do tamanho desta não poderia deixar de fazer, há um investimento importante na capacitação e formação de novos profissionais, com workshops e programas de treinamento. Além disso, foram feitas parcerias com o Senai Climatec e a UFBA (Universidade Federal da Bahia).
Enfim, é muito bom ver grandes companhias depositando tanta confiança no potencial dos brasileiros. Sempre é gratificante saber que empregos estão sendo gerados no país, e ver as fotos dos trabalhadores comemorando. Na ocasião em que as fábricas foram fechadas, o resultado foi de 17.000 desempregados, tanto direta quanto indiretamente. Esperamos que as tais novidades do mercado automobilístico sejam ocasião de cada vez mais empregados em nosso país amado. Que possamos mostrar nosso imenso potencial e nossa capacidade ao mundo todo. Nosso país é muito grande, e precisamos nos esforçar para que sejamos grandes como ele!
Texto de Carlos Costa do Prado
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