Se você acreditava que o bullying no trabalho era praticado somente seguindo a hierarquia vertical e de cima para baixo, você está completamente enganado e vai se surpreender com o resultado de uma pesquisa feita nos Estados Unidos.
Numa pesquisa realizada pelo Instituto de Bullying no Trabalho dos Estados Unidos que foi publicada neste ano, o resultado foi no mínimo intrigante, 72% dos trabalhadores americanos relatam ter sofrido, estar sofrendo ou conhecer alguém vítima de assédio moral no local de trabalho. Este resultado é alarmante, principalmente se considerarmos que hoje em dia esse ou qualquer outro tipo de assédio é crime.
Outro dado chamou muito a atenção dos pesquisadores, 28% dos entrevistados contam que esse assédio partiu dos próprios colegas de trabalho. Na maior parte das vezes, esse bullying relaciona-se com o fato da vítima ser um bom profissional e destacar-se no ambiente onde desempenha a profissão. O bullying parte dos colegas que se sentem diminuídos, excluídos ou até mesmo ameaçados por esse profissional que se destaca no grupo. Este tipo de assédio moral ainda é muito pouco conhecido e, portanto, divulgado.
Aqui no Brasil o caso é bastante complicado, é frequente nas empresas esse tipo de comportamento, em que o trabalhador que é proativo, supera expectativas, busca melhorar cada vez mais no que faz, é mal interpretado pelos colegas e assim, sofre bullying por ser considerado ameaça em potencial ao mostrar de forma tão efetiva o seu trabalho e acabam evidenciando o mau desempenho dos outros.
Outro ponto interessante dessa pesquisa é que a maior parte dos que sofrem bullying no Estados Unidos são aquelas pessoas que são amigas e gentis, seguidas pelas que buscam sempre um acordo e as que menos sofrem assédios são as agressivas e abusivas.
Como conclusão dessa pesquisa pode-se verificar situações que muitas vezes são geradas dentro das empresas. Os dados concedidos pela pesquisa podem ilustrar o porque de muitos excelentes profissionais deixarem as suas empresas determinando que a falta de reconhecimento e a perseguição sofrida são pontos cruciais na hora de decidir deixar o seu trabalho. Este é somente um dos pontos resultantes da investigação feita no país americano. Neste caso observa-se que a empresa é a que mais perde, por isso a importância de reprimir esses abusos antes que eles comprometam a qualidade dos profissionais mantidos pela empresa.
Por Melina Menezes
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