Como promover a competitividade saudável no trabalho

Como as empresas podem promover uma competição saudável?

Fomentar a competitividade no trabalho pode ser uma prática empresarial saudável e produtiva, aumentando o desempenho e a motivação dos funcionários, mas também pode se tornar uma ferramenta destrutiva, levando ao conflito, à alienação e ao aumento do estresse.

Competitividade no trabalho: uma faca de dois gumes

No esporte, a competitividade é um bom terreno fértil para o sucesso: ser mais rápido do que o seu adversário, bater o seu adversário no um-a-um ou marcar mais gols do que o melhor marcador da época anterior são, sem dúvida, incentivos que promovem a motivação e aperfeiçoamento dos atletas.

No nível profissional, a competitividade no trabalho também pode causar esse efeito positivo como incentivo. De acordo com Ashley Merryman, em Top Dog: The Science of Winning and Losing, “estudos mostraram que a competição estimula a criatividade e até melhora a qualidade do trabalho produzido”, levando os profissionais a querer forçar seus limites.

Porém, uma competição mal compreendida também pode destruir o desempenho das equipes. Nesse sentido, Kristi Hedges, no artigo Competition At Work: Positive Or Positively Awful?, alerta que “o excesso de competição pode ser fatal, minando o moral, causando estresse e incentivando a traição”. Por isso, o também autor do livro The Power of Presence: Unlock Your Potential to Influence and Engage Others, considera que os líderes devem usar a competição de forma criteriosa, entendendo a gravidade de instigar a competição e suas repercussões. “Não se trata de criar uma batalha só porque você pode”, acrescenta.

Dicas para promover uma competição saudável

Diante do duplo efeito que a competitividade pode causar no trabalho, os gestores devem aprender a estimular a competição saudável, evitando más práticas que levem a confrontos entre a força de trabalho. Como eles podem obtê-lo? Aqui está uma série de dicas que ajudarão os líderes a lidar com essas situações:

Escolha as pessoas certas

De acordo com a pesquisa acima mencionada de Ashley Merryman, nem todos os indivíduos reagem da mesma forma à competição no trabalho. Especificamente, uma em cada quatro pessoas permanece alheia à concorrência e outros 25% dizem que essas situações as apequenam, enquanto os restantes 50% admitem que a existência de ‘piques’ saudáveis ??os motiva a serem melhores. Por isso, ao introduzir a competitividade no trabalho, é importante selecionar funcionários que estejam dentro deste último grupo.

Promover a competição colaborativa

Trabalhar em conjunto libera substâncias químicas no cérebro que aumentam a motivação, o prazer e o vínculo pessoal. Por isso, embora cada profissional tenha seu próprio desafio pessoal, é necessário que o objetivo final seja compartilhado, para que os trabalhadores precisem trabalhar juntos e ajudar uns aos outros para atingir os objetivos propostos, evitando que os colaboradores caiam no individualismo.

Reconhecer a diversidade

Para que todos os colaboradores possam explorar o seu potencial, os gestores têm de valorizar as diferentes contribuições que cada um dá ao projeto comum. Talvez um trabalhador tenha conseguido fechar um negócio importante com um fornecedor, mas foi outra pessoa que plantou a semente para chegar a esse acordo ou desenhou a proposta.

Elimine a concorrência desnecessária

A competitividade no trabalho deve estar focada em aspectos relevantes aos objetivos organizacionais. É inútil criar um duelo sobre quem chega antes da reunião ou quem dedicou mais horas a um projeto. Não crie conflitos desnecessários com colegas de trabalho transformando tudo em uma competição.

Aproveite o poder da gamificação

Uma boa forma de promover a competitividade saudável no trabalho é introduzir sistemas gamificados como uma estratégia criativa que permite aos profissionais aprimorar suas habilidades de forma mais divertida e eficaz.

Fornecer feedback aos profissionais

A atuação dos trabalhadores deve ser supervisionada pelo líder, que deve avaliar o trabalho realizado por cada funcionário, incentivando-os a continuar avançando e corrigindo qualquer erro técnico ou de atitudes que possam surgir.

Defina limites

Nesse mesmo sentido, o gestor deve estar atento à competitividade entre os colaboradores, verificando que não seja desviada em nenhum momento para conflitos entre colegas , mobbing ou excesso de trabalho que possam reduzir o desempenho a médio prazo.

Como lidar com a competitividade negativa no trabalho?

Vejamos agora, o outro lado da moeda. E quando a competitividade torna-se negativa?

Por mais que uma pessoa competitiva esteja tentando prejudicá-lo, sempre se conduza de maneira profissional, educada e civilizada. Não se envolva ou reaja no calor do momento.

Às vezes os colegas de trabalho competitivos negativos são inseguros, e se eles notarem que você não deseja causar-lhes danos, eles podem decidir ser simpáticos com você.

Prefira trabalhar com colegas de trabalho abertamente competitivos. Veja alguns tipos:
1. A superestrela: ela sabe que precisa brilhar e pode inspirar outros, porém, ela precisa entender que ainda é responsável perante a equipe.
2. O workaholic: útil, desde que não exagere e não se torne territorial.
3. O velocista: deseja que tudo seja feito pra ontem. São benéficos, desde que sejam precisos.
Fique longe de colegas sorrateiros e competitivos. Essas pessoas gostam de minar os colegas de trabalho usando meios desonestos, inclusive fazendo com que outras pessoas ao seu redor pareçam ruins.

Algumas sugestões para lidar com a competitividade negativa:

1. Mantenha cópias de tudo o que você faz, especialmente qualquer coisa que envolva esta pessoa ou suas responsabilidades;
2. Mantenha seu chefe e sua equipe informados sobre o progresso de seu trabalho;
3. Evite compartilhar informações pessoais sobre você com um colega de trabalho sorrateiro. Mantenha todas as conversas profissionais e distantes;
4. Discuta com seu chefe ou departamento de RH sobre o impacto que essa pessoa está tendo em seu desempenho no trabalho e no ambiente;
5. Minimize o contato. Se o comportamento hostil, negativo ou prejudicial for contínuo, tente limitar suas interações com eles.

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